Formação Continuada - Estudo da Proposta Curricular de Santa Catarina

 EDUCAÇÃO BÁSICA  E FORMAÇÃO INTEGRAL

    Intensificar o debate educacional sobre questões curriculares nos leva a refletir de uma forma mais critica sobre a educação Brasileira. A proposta curricular, portanto, orienta-se por interesses e necessidades de todos os sujeitos, tendo em vista sua formação integral. Nesse sentido, as ações pedagógicas na Educação Básica podem desenvolver nas pessoas potencialidades de ser humano de diferentes naturezas e não apenas determinados aspectos.
    As mudanças sociais, educacionais e curriculares provocam uma reformulação nos conceitos, visando assim alterações nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. Com isso busca-se a formação integral humana, não fragmentada.
      Este processo não é algo novo, é histórico, faz parte da experiência humana.
   Os processos de aprendizagem necessitam oferecer aos sujeitos um amplo leque de vivências e de atividades ao longo de todo o percurso formativo, haja vista que a realização de uma dada atividade não promove o desenvolvimento de todas as capacidades humanas; assim, importa que a escola promova atividades relacionadas a diferentes áreas do conhecimento, bem como a valores éticos, estéticos e políticos.
    Sabemos que a formação integral apresenta um avanço para a sociedade em relação aos atuais limites da escola, porém constitui-se em uma tarefa complicada, contudo não se restringe apenas a escola. Pressupõem-se a responsabilidade de outras demandas da sociedade em proporcionar acesso a saúde, ao esporte, a inclusão digital e a cultura, pois através dessas acessibilidades enriqueceremos o processo.
    Neste processo compreendemos a Educação/Conhecimento, como um mecanismo que contém e produz cultura.
    É fundamental que as práticas pedagógicas levem em consideração o desenvolvimento de todas as potencialidades humanas, para a formação integral.
    Neste contexto, a instituição necessita expor com clareza seus objetivos e ações, estando estes presentes explicitamente no Projeto Politico Pedagógico(PPP), cujo documento é fundamental para dar sustentabilidade e clareza do seu papel como instituição de ensino.
    Assim entendemos que o estado vem buscando formar para organizar as instituições e possibilitar a educação integral. Nisso, a avaliação constitui-se num processo de acompanhamento dos sujeitos, para fornecer indicadores de aprimoramento do processo educativo. Ela é fundamental no processo formativo, sendo um apoio a Proposta Curricular. Vincula-se ao desafio da aprendizagem como instrumento de contínua progressão.
    Não deve, portanto, ficar restrita à produção de uma síntese avaliativa individual, por disciplina, componente curricular ou por área, focada exclusivamente no desempenho individual do sujeito. Apresenta-se como ponto de apoio à proposta curricular, refletida no Projeto Político Pedagógico. Deve, sim, ganhar destaque a dimensão política da avaliação, como parte do projeto educacional de cada rede de ensino e escola, garantindo que todos aprendam e servindo de elemento central no processo de reflexão crítica e contínua sobre o processo de aprendizagem em todas as suas dimensões. A avaliação deve servir como um instrumento de inclusão e não de classificação e/ou exclusão. Deve ser um indicador não apenas do nível de desenvolvimento do estudante, como também das estratégias pedagógicas e das escolhas metodológicas do professor.
    É sabido que sempre se começa trabalhando com os saberes que o aluno já possui, é o ponto de partida para esta interação. A partir disso algumas estratégias são fundamentais para ao longo do percurso formar sujeitos integrais.
    A Proposta Curricular é um subsídio fundamental. Deve ser o eixo que norteia todas as ações a serem aplicadas e desenvolvidas.

O Referido texto foi baseado nos diálogos e debates realizados na capacitação dos dias 04, 05 e 06 de Fevereiro/2015.

Relator: Tânia R. Ritter Wendling.
Co-autores: Professores presentes na capacitação:
Dilceu  Lange de Andrade,Tânia R. Ritter Wendeling, Claudia T. de Oliveira Caureo da Silva, Eliane Maria Rache, Cristian Fernanda Sartori, Valderice Herbert, Teresinha Maria Kochem, Almir Rogério Cecchin, Geane Schneider mallmann, João Antonio  Chitto, Sônia Regina Dal Ri Segatto, Marli Maria Krein, Silvia Bohnenberger, Elisangela Dalla bona Zanatta, Iraci Lourdes Gruber, Nelso José Lolato, Luiza Regina Furaer da Rocha, Maria de F. Siqueira de Oliveira, Claudia Lucia Parise, Vera Lucia Panisson, Raquel Aparecida de Lima, Luciana M. Zantedeschi, Vanessa Magrini, Sidinara Andreola, Claudiane de F. dos Santos, Rosilei A. Antoceff.
        

Comentários

A Proposta Curricular de Santa Catarina deve orientar nossas ações pedagógicas.
Parabenizamos o trabalho desenvolvido por esta escola.

Postagens mais visitadas deste blog

Diversidade como Princípio Formativo